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Trabalhar pra que?


Pelo que você trabalha?
Já parou para analisar a ideia
de trabalho em sua vida?

"TRABALHO NÃO PRECISA DOER"

SANDRA MARA SELLESTE


Sinceramente penso que este negócio de trabalho (servidão) deveria acabar de vez. Não vou justificar por motivos óbvios. Costuma-se também dizer que é uma arte e tanto, ficar feliz com o que se tem! Dar valor ao que está ao seu redor. E que quando se morre não se leva nada. Então pra que aceitar como verdade a premissa de acumular bens materiais?


O trabalho com a ideia de ocupação surgiu na pré-história. Quando em nossas rotinas humanas resolvemos criar ferramentas e praticar a agricultura. Desde então a conotação foi a troca de necessidades básicas como moradia e alimentação por força de trabalho.


1º de Maio de 2021, mais um ano rememorando essa data histórica, que nos traz grandes reflexões acerca desse tema fundamental na construção das relações socioeconômicas.


O Dia do Trabalho remonta ao ano de 1886, quando milhares de trabalhadores foram às ruas de Chicago (EUA), para protestar contra as condições de trabalho desumanas que eram ocorridas e exigir uma redução da jornada de 13 para 8 horas diárias. No Brasil, o feriado começou por conta da influência de imigrantes europeus, que a partir de 1917 resolveram parar o trabalho para reivindicar seus direitos. Em 1924, o então presidente Artur Bernardes decretou feriado oficial. Não por acaso, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) foi anunciada no dia 1º de maio de 1943, pelo então presidente Getúlio Vargas.


Mas… Quais as conquistas celebramos com essa data? O lucro (não só financeiro, mas olhando em diversas dimensões econômicas) vai pra quê e pra quem mesmo?


Fato é, que ainda se faz necessário muitas reivindicações para que possamos ver e viver numa sociedade que preza pelo trabalho decente para todos. Não é difícil encontrar pessoas insatisfeitas com a rotina dos seus trabalhos, com a exaustão das demandas diárias (muitas vezes nem tão produtivas), precarização das condições de trabalho, e não bastante o suficiente, ainda acompanhamos o minguar dos direitos nossos de cada dia.


A Pandemia nos escancarou o olhar para a realidade de como não vemos os trabalhadores essenciais que nunca param, e colaboram na constante manutenção da sociedade. Ainda vivemos uma desintegração muito grande do modus operandi que dispensa compreensão para reconhecê-lo.


Como diz aquele velho ditado: "o trabalho dignifica o homem"! Mas... parece que a dignidade nas condições do trabalho e o respeito pelas profissões ainda precisam de muitos cuidados e compromissos assumidos de modo efetivo por cada um de nós.


Sim! É aceitável que o trabalho nos dá um sentido existencial através de como escolhemos atuar no mundo. Mas há de se ter consciência de classe ampliada para podermos medir a realidade dessa premissa. (aí já começou este "papo de esquerda")


Você também sente que a forma como as empresas são geridas e organizadas não conversam com o momento de mundo que vivemos? Estando como parte da engrenagem, não importa a posição de trabalhador contratado ou contratante ninguém está contemplado. E como pode ser diferente?


Saindo de um olhar reativo do passado e nos direcionando para um olhar desejável de futuro, algumas empresas estão surgindo com propostas inovadoras e soluções intraempreendedoras para muitas de nossas necessidades de evolução humana. Mudanças que vão desde a forma como as organizações estão estruturadas (hierarquias, espaços físicos, cultura…), passando pela integralidade de cada indivíduo no seu local de trabalho, indo até as entregas que resultam deste trabalho — e que expressam um desejo cada vez maior por autenticidade e impacto positivo no mundo.


O mundo do trabalho está entendendo que pre-ci-sa mudar, e aos curtos passos vai se reinventar! A necessidade de pensar em como podemos criar ambientes de trabalho mais humanos e saudáveis, sem negar as estruturas que historicamente habitam esse contexto.


E por falar em contexto, as máquinas, a robótica, as variações tecnológicas vem chegando cada vez mais rápido e assumindo com maior eficácia muitos empregos humanos. Muitos trabalhos desaparecerão por causa da inteligência artificial, automação e das consequências da transformação digital dos mercados, negócios, produtos e serviços. E como estamos nos preparando para essa crise do futuro do trabalho?


Novos trabalhos que ainda desconhecemos serão criados nessas transformações do mundo, o problema é que esse tempo está ficando cada vez menor. É urgente lidar com a crise do futuro (já presente) do trabalho, sem descartar o desenvolvimento e seus fatores tecnológicos, e para pensar essas soluções faz-se necessário começar por um ambiente de aprendizado do novo conhecimento e habilidades demandadas pelo futuro; criar oportunidades de engajamento com o trabalho do futuro; diminuir as dificuldades para quem está perdendo trabalho no presente; investir na capacidade de adaptação das economias regionais; fomentar o consumo consciente para economia local; dentre outras ideias possíveis, mesmo que complexas em suas implementações.


Por ora, levantar diariamente para construir um futuro melhor, elevando a consciência de classe é futuro mais que desejável!




Este texto foi construído em parceria com a empreendedora Fluxonomista Débora Casapê da FilosoFiar. Gratidão parceira!!! :)

Meu agradecimento também a todos os clientes.

E, membros da comunidade Fluxonomia Brasil.

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