top of page

Você sabe de fato o que é ser um consumidor?

Atualizado: 25 de out. de 2023


Como está o nosso papel, hoje, enquanto consumidores e produtores de mercadorias? Estamos simplesmente representando o papel que a sociedade capitalista demanda de nós, ou estamos verdadeiramente contribuindo para a modificação dessas raízes estruturais? Será que o ritmo de consumo atual que é imposto pela família, pela comunidade, pela sociedade, é um ritmo de consumo equilibrado, que garante a coexistência dos novos habitantes na Terra?


Ação no Presente

O que podemos fazer hoje para que num futuro próximo esses nossos comportamentos não representem mais a ameaça à sobrevivência humana no Planeta Terra?


Muitas são as questões que precisamos analisar para responder. Mas quanto tempo ainda teremos para efetivar a solução dessas causas? Quanto tempo a vida ainda vai esperar pela sua garantia de permanecer viva?

"A etimologia da palavra "consumo" vem do latim consumere (esgotar) e é formada por con + suemere (apoderar-se, gastar, agarrar). Há outras definições também um pouco assustadoras: gastar ou corroer até a destruição, anular e destruir." Fonte: Revista Brasileira de Psicodrama.

Assustador é saber como nós não sabíamos do significado de um ato tão impactante como esse! Você já parou pra pensar que, ao nascer você já recebe o carimbo social de consumidor?


Pra onde evolui, essa tal revolução?

A Revolução industrial foi um movimento fundante da transformação radical do sistema de produção e da industrialização, na história da humanidade. A perspectiva de crescimento nasce desse cenário, que contribuiu significativamente com os avanços desmedidos e acelerados, compulsivos e ambiciosos pela exploração de uma natureza ambiental e humana. O mal uso dos recursos e das riquezas da Terra trouxeram sérios impactos negativos ao meio ambiente, que se mostram cada vez mais presentes em nossos tempos atuais, mas que talvez, por outros panoramas muitos de nós ainda desconheçam.


Os recursos naturais que, durante muito tempo, foram vistos como fonte infinita, disponível para servir às necessidades do homem, passam a ser uma inquietação, ao constatarmos que eles são recursos finitos e limitados. E diante do ritmo de produção e consumo em que estamos, já não temos mais garantia de que os ecossistemas suportarão o atendimento às necessidades das gerações futuras. Se essa tendência se mantiver, uma infraestrutura natural vai se fragilizar ainda mais nas próximas décadas.


A história da cultura humana e da sua interação com o planeta que a suporta é a história de uma potência não concretizada. No ciclo de produção capitalista, a natureza ocupa um lugar de subserviência em relação ao homem, que extrai seus recursos e riquezas naturais, polui o ambiente através dos gases nocivos que são gerados nos processos produtivos, gera mão de obra barata e produz socialmente a pobreza, a fome e a exclusão de camadas baixas da população. Em nome de uma globalização da economia, o acirramento da competição mundial precisou elevar a escala de produção, e nos acostumaram acreditar que o papel da humanidade na Terra era explorar essa fonte supostamente infindável de recursos.


invista em informação, pois ela é a chave para aderir à cultura do consumo consciente, por isso estude seus fornecedores e opte pelos que oferecem serviços mais sustentáveis; avalie sua cadeia para torná-la mais eficiente; informe-se sobre boas práticas de gestão e ações que cuidem mais de seus colaboradores e contribuam para a sociedade.
invista no desenvolvimento local. Ao adquirir produtos e serviços para sua empresa dos fornecedores e comerciantes locais você contribui para impactar positivamente a região onde atua, fortalecendo o relacionamento de seu negócio com o ecossistema de empresas e pessoas ao seu redor.
tenha propósito e liderança consciente. É fundamental pensar no propósito da sua empresa e ter lideranças com atitudes e valores que levarão ao atingimento desses ideais. O consumo consciente é um conjunto de boas práticas, quando as lideranças da empresa dão o exemplo leva os demais funcionários a seguir o caminho da sustentabilidade.

Compreender a interconexão da vida é preciso. E é urgente!

Quando falamos sobre cuidar da nossa morada, respeitar o meio, conectar com a natureza, e diversos outros conceitos que sugerem essa compreensão, a noção de moral e ética nos coloca num campo de reflexão, de forma bastante impactante e profunda. O que nos leva a pensar como estamos cuidando de nossa morada, em tempos atuais? Estamos atuando de forma verdadeira, saudável e transparente perante nossa consciência de interser?


Reconhecemo-nos diante de um passado construído sob uma concepção insustentável de valorização da vida na Terra. No entanto, a humanidade ainda não amadureceu a percepção dos níveis de interação do seu comportamento ético, social, natural, coletivo. Estamos em constante aprendizado nesse cenário de complexidade, porém, diante dos problemas contemporâneos, vemos cair esse véu de ilusões e vamos nos dando conta do quão pouco sabemos de nós mesmos, do outro, do planeta, do todo.


O conceito de ética nos ensina sobre os limites da interferência dos nossos atos. Enquanto seres culturalmente construídos, somos espelhos e reflexos uns para os outros, e é a partir do outro que nossos corpos tomam referência do espaço que ocupam na Terra, e adquirem a noção de localização num espaço que se funde nos limites de uma geografia entre Ser e do estar fora e dentro de si mesmo, sincronamente.


Você sabia?

Você já ouviu falar da Pegada ecológica? A Pegada Ecológica é uma metodologia de contabilidade ambiental, completamente inovadora que integra tecnologia e sustentabilidade em prol de toda população mundial. Ela permite avaliar a demanda humana por recursos naturais renováveis com a capacidade regenerativa do planeta. É uma forma de traduzir a extensão de território que uma pessoa, cidade, país, região ou até a população do mundo todo utiliza, em média, para suprir suas demandas de consumo de produtos, bens e serviços.

Na prática, a Pegada Ecológica mede a quantidade de terra biologicamente produtiva e de área aquática necessárias para produzir os recursos que um indivíduo, população ou atividade consome, e para absorver os resíduos que gera, considerando a tecnologia e o gerenciamento de recursos prevalecentes. A área é expressa em hectares globais (hectares com produtividade biológica na média mundial). Isso significa que a Pegada serve como um indicador da pressão humana sobre ecossistemas locais e globais, já que compara a demanda humana sobre a natureza com a capacidade da natureza de atender a essa demanda.

Você pode conhecer mais sobre esse sistema no site da WWF-Brasil, e saber mais sobre o tamanho da sua pegada.


Sustentar o mundo na corda bamba equilibrista!

O reconhecimento de um planeta de recursos finitos precisou entrar em choque, a níveis de degradação abismais, para ser visto como uma necessidade de extrema importância em saber usar, lidar, cuidar e perceber nossa interconexão por todas as vidas que nos sustentam.


A Sustentabilidade é um termo relativamente novo, e que está abrindo caminhos para repensarmos novas formas de influenciar e impactar o mundo. As relações das Novas Economias Sustentáveis nos mostram cada vez mais como não sabemos colaborar, compartilhar, cooperar… mas é urgente aprender!


No ano de 2015, na sede da ONU em em Nova Yorque, foram estabelecidos através do maior processo de consulta pública já feita no mundo, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que envolve mais de 80 países representados por organizações públicas, privadas e toda sociedade civil no pacto por uma agenda global composta por 17 objetivos e 169 metas para facilitar o entendimento e a implantação de cada objetivo, de modo que nossas atitudes e ações potencializem e se tornem relevantes na regeneração do planeta.


De modo integrado, a consciência individual gera potência coletiva, e a intervenção na transformação de realidades micro e macroambientais, que geram impacto social e contribuem de forma verdadeiramente positiva a nível local e global, produzem condições essenciais para sobreviver e evoluir. À medida que agimos, vamos percebendo que a transição para uma sociedade sustentável começa a partir de cada um de nós, nos valorizando como seres humanos, reconhecendo o meio ambiente que vivemos, voltando nosso olhar a todas atitudes que nos desafiam a ir sempre além dos nossos pequenos (in)cômodos. Só mesmo quando cada um de nós internalizar a necessidade dessa mudança e fizer a sua parte poderemos alcançar as mudanças de percepção em todas as nossas relações . E você, já está contribuindo com essa mudança que você quer ver no mundo?


Este texto foi construído em parceria com a empreendedora Fluxonomista Débora Casapê da FilosoFiar. Gratidão parceira!!! :)

Meus agradecimentos também a todos os clientes.

Membros da comunidade Fluxonomia4D Brasil.

E a parceria da Foco Comunicação.

4 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page